Política e Transparência

Gastos que superam os 170 mil reais levantam suspeitas sobre contratação de escritório de advocacia pela câmara de Sidrolândia.

Um dos pontos que levanta questionamentos é que a empresa contratada é a mesma denunciada por possível envolvimento no “Pix do hospital” que teria sido pago aos vereadores do denominado G8



No ano de 2023, a Câmara Municipal de Sidrolândia, sob a liderança do presidente Otacir Pereira Figueiredo, gastou uma quantia notável de 175 mil reais em serviços advocatícios, conforme registrado no portal de transparência da instituição. No entanto, esses gastos têm gerado considerável apreensão na comunidade local devido à falta de clareza e à ausência de registros de processos de licitação que justifiquem essas despesas.

As preocupações se agravam ainda mais devido a alegações que conectam o escritório de advocacia Luiz Cláudio Neto Palermo Sociedade Individual a uma polêmica relatada por outro meio de comunicação. Esse veículo de comunicação sugeriu que o escritório poderia estar envolvido na possível compra de votos durante a eleição da mesa diretora, que resultou na eleição de Otacir Pereira Figueiredo como presidente.

De acordo com informações de outra fonte jornalística local, o escritório teria intermediado contratos de dívida com vereadores, garantindo o apoio desses vereadores ao candidato apoiado pelo então denominado "G8", um grupo de oposição à prefeita Vanda Camilo. Essas alegações suscitam sérias dúvidas sobre a integridade do processo de eleição da mesa diretora da câmara legislativa e sobre a conduta dos envolvidos.

As suspeitas se aprofundam ainda mais devido à alegação de que cada vereador teria contraído uma dívida em troca do compromisso de votar no candidato apoiado pelo escritório de advocacia, lançando sérias dúvidas sobre a integridade do processo eleitoral da mesa diretora da Câmara e a conduta dos envolvidos.

A situação se torna ainda mais alarmante quando se observa que, apesar das denúncias e investigações em curso, o presidente da Câmara, Otacir Pereira Figueiredo, autorizou despesas adicionais de mais de R$ 170 mil com o mesmo escritório de advocacia. Os registros disponíveis no portal de transparência indicam que esses pagamentos já foram efetuados.

Críticos apontam a falta de transparência na gestão dos recursos públicos, destacando a ausência de processos de licitação e justificativas claras para a escolha desse escritório específico para representar os interesses da Câmara Municipal. Essa falta de transparência gera dúvidas sobre a legalidade dos gastos e a possibilidade de favorecimento indevido a determinados prestadores de serviços.

Enquanto as investigações continuam a esclarecer as alegações de compra de votos e outros possíveis atos ilícitos, a sociedade de Sidrolândia espera respostas e medidas transparentes por parte das autoridades responsáveis. Essa questão enfatiza a necessidade premente de maior transparência na gestão dos recursos públicos e de uma investigação rigorosa para esclarecer os fatos relacionados à administração da Câmara Municipal em 2023.