Desembargadores da 2ª Câmara Cível do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) decidiram, por unanimidade, pela extinção de ação de improbidade adminitrativa que pedia o pagamento de R$ 102 milhões contra seis réus implicados no escândalo da “Máfia do Câncer”.
O recurso foi impetrado por Issamir Farias Saffar – médico e dono da clínica Neorad -, que indicou ‘falta de argumentos’ na denúncia, que foi recebida em agosto do ano passado.
Então, seis envolvidos deixaram de ser considerados réus. São eles: Adalberto Abrão Siufi (ex-diretor do Hospital do Câncer), Espólio de Betina Moraes Siufi Hilgert (ex-administradora, filha de Adalberto falecida em 2021), Issamir Farias Saffar (médico e dono da clínica Neorad), Blener Zan (ex-presidente da Fundação Carmen Prudente), Luiz Felipe Terrazas Mendes (ex-diretor presidente) e Adalberto Chimenes (ex-funcionário do hospital).
Os magistrados acolheram a tese de defesa do empresário e médico, que alegou que não cabe esse tipo de ação para casos que não envolvam agentes públicos.
Isso porque, nesta ação, foram incluídos pessoas que prestavam serviços ao HCAA (Hospital de Câncer Alfredo Abraão).
Ainda cabe recurso do MP. Caso contrário, a ação será extinta definitivamente.
A ação civil proposta inicialmente em 2014, depois aceita pela Justiça Federal e, mais tarde, remetida à Justiça Estadual, cobra indenização de mais de R$ 102 milhões dos réus.