Erica Camargo Amaral, de 25 anos, vive um luto devastador e um clamor por justiça. Seu filho, Juliano Honorato, de apenas 10 anos, foi atropelado e morto na noite de Natal em Rio Negro, por um motorista que, segundo testemunhas, dirigia em alta velocidade, com os faróis apagados, e sob efeito de álcool. Para Erica, o ato foi mais do que uma tragédia: foi um crime que exige punição severa.
"Ele é um assassino. Isso não vai ficar assim", desabafou a mãe, que promete lutar com todas as forças para que o caso seja tratado como homicídio doloso.
Indignação e Contradições
Abalada pela perda, Erica aponta o que considera mentiras no relato do motorista às autoridades.
"Ele disse que estava a 60 km/h, mas trafegava a 80 km/h em uma via com limite de 30 km/h. Meu filho foi arremessado a uma distância enorme. Ele nem tentou desviar", afirmou.
Erica também destacou que testemunhas relataram que o condutor já havia passado pela rua em alta velocidade momentos antes e que dirigia com os faróis apagados, agravando o risco na área.
Além do choque emocional, a mãe enfrenta frustrações com o desdobramento do caso. Ela criticou a polícia pela demora na chegada da ambulância e alegou que o carro do suspeito foi removido do local, o que prejudicou a perícia.
Polêmica com a Justiça
O motorista, identificado como Jose Junior Maria Campos, foi preso em flagrante, mas liberado após uma audiência de custódia. O juiz reconheceu a legalidade da prisão, mas decidiu não convertê-la em preventiva, alegando que essa seria uma "medida excepcional". Campos foi solto sem a necessidade de pagar fiança, decisão que revoltou Erica e a comunidade local.
"Ele tirou a vida do meu filho e está solto como se nada tivesse acontecido. Isso é inaceitável".
Apelo por Segurança e Justiça
Erica também trouxe à tona a precariedade da segurança na rua onde aconteceu o atropelamento.
"É uma via perigosa, sem nenhum tipo de proteção. Precisamos de quebra-molas para evitar outras tragédias", alertou.
O caso foi registrado como homicídio culposo, mas a mãe está determinada a buscar a reclassificação para homicídio doloso. Ela pretende contratar um advogado e reunir todas as evidências disponíveis, embora enfrente resistência de algumas pessoas que se recusam a ceder imagens de câmeras de segurança.
A Luta Continua
Erica deixa claro que sua dor será transformada em força para buscar justiça por Juliano. Ela conclui com um apelo emocionante:
"Meu filho merece que a verdade seja feita. Ele tinha uma vida inteira pela frente, e isso foi arrancado por irresponsabilidade. Não vou descansar até que esse motorista seja punido".