Sidrolândia

Após desdobramentos confusos, comissão encerra CPI, reforçando alegações de perseguição política à prefeita Vanda

O presidente da Comissão, Enelvo Felini Junior, encaminhou um ofício com data do último dia 05, onde informa o cancelamento das oitivas agendadas para hoje (06), na Câmara Municipal de Vereadores.

Matheus Santi - Redação

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em andamento em Sidrolândia parece ter enfrentado uma série de reviravoltas e contratempos, levantando questões sobre sua verdadeira finalidade. Em um desdobramento recente que surpreendeu os residentes locais, o presidente da CPI, Enelvo Felini Junior, emitiu um ofício datado do último dia 05, comunicando o cancelamento das oitivas originalmente agendadas para o dia 06, na Câmara Municipal de Vereadores.

A decisão de cancelar as oitivas gerou perplexidade e suspeitas, especialmente entre os envolvidos. O chefe de gabinete da prefeita Vanda Camilo, Waldemar Acosta, expressou sua surpresa e preocupação, afirmando: "É estranho, se você tem uma CPI e convoca pessoas para depor, você deve ouvi-las. Esse cancelamento vai contra o procedimento usual. No meio do caminho, as oitivas foram canceladas e a CPI foi encerrada às pressas. Isso evidencia a confusão que está sendo causada, pois nem mesmo os procedimentos legais estão sendo seguidos corretamente. O encerramento apressado nos causa estranheza."

Juntamente com o cancelamento das oitivas, Enelvo Felini, o presidente da CPI, enviou um termo de encerramento da comissão ao presidente da Câmara de Vereadores, Otacir Pereira Figueredo, datado de 4 de outubro de 2023, declarando o encerramento da fase instrutória da CPI.

Essa série de eventos tumultuados tem gerado uma onda de questionamentos entre os cidadãos de Sidrolândia, especialmente sobre as verdadeiras intenções por trás da instauração da CPI. Alguns sugerem que a CPI pode ter sido criada com o único propósito de prejudicar a imagem da prefeita Vanda Camilo, especialmente em um momento próximo às eleições municipais.

Além disso, uma ação judicial em curso no Tribunal de Justiça contesta a legalidade da criação da CPI, alegando que não houve quórum suficiente para sua aprovação e que o objeto da investigação não estava claramente definido. Durante esse processo, circularam informações falsas insinuando que a prefeita estaria tentando impedir o depoimento de servidores convocados como testemunhas. No entanto, a Procuradoria do Município esclareceu que o foco da ação em tramitação no tribunal é estritamente a legalidade da CPI, sem nenhum pedido relacionado à obstrução dos depoimentos das testemunhas.

À medida que os eventos continuam a se desenrolar, a população de Sidrolândia aguarda ansiosamente por respostas e esclarecimentos sobre o verdadeiro propósito e desfecho da CPI.